Armas de guerra

 ‘Armas de guerra’



Desenhado pelo irmão de Henri Farman, foi o avião de reconhecimento dos Aliados desde o inicio das hostilidades da Primeira Guerra Mundial (versão MF-7) até 1915. Depois foi usado nas escolas de pilotagem. O MF-7 foi batizado pelos ingleses com a denominação de Longhorns (chifres longos) e o MF-11 recebeu o nome de Shorthorns (chifes curtos), devido à forma dos patins de aterragem.


França (1915) – Os primeiros 100 bombardeiros BrM.2 e BrM.3 foram construídos nas oficinas dos Irmãos André e Édouard Michelin e oferecidos à Aviation Militaire. Mesmo na versão melhorada, BrM.5, este avião era excessivamente lento para operações diurnas; assim, em fins de 1916, passou para os bombardeios noturnos. Em alguns dos últimos BrM.5 montou-se, além da metralhadora, um pequeno canhão Hotchkiss de 37mm.


França (1915) – Este avião, que foi o desenvolvimento do avião de corrida que Gustave Delage tinha preparado para a Taça Gordon Bennett de 1914, foi o primeiro caça aliado capaz de enfrentar os Fokker E.
Protagonista dos céus da batalha de Verdun (fevereiro de 1916), foi o avião dos ases. Ball, Bishop, De Rose, Navarre, Nungesser, Barraca, obtiveram muitas das suas vitórias com este pequeno BéBé.
Foi o caça principal dos italianos, até 1917, e dos americanos da Esquadrilha La Fayette.


França (1914) – Primeiro caça francês, capaz de alcançar uma velocidade de 165km/h, em condições de subir a 3.000m de altura em 12 inutos; era, todavia, difícil de ser manobrado. Foram construídos cerca de 200 destes aparelhos na França, Inglaterra e Rússia.
Foi a aeronave preferida dos ases Navarre (francês) e A.A. Kazakov (russo). Foi o primeiro avião a ser equipado com metralhadora fixa, sincronizado com o giro da hélice, em março de 1915, graças a uma invenção de Roland Garros.


França (1915) – Este foi o aparelho de reconhecimento marítimo que operou com maior número de exemplares durante a Primeira Guerra Mundial; foi construído pela Franco-British Aviation, de Paris, sob desenho de Léveque, elaborado por Max Schreck. Além dos 980 hidroaviões do mais aperfeiçoado tipo H construídos, na Itália, com motor Isotta-Fraschini, de 180 cavalos, e utilizados na aviação da Marinha.


França (1918) – Último e o melhor dos aparelhos de reconhecimento da França na Primeira Guerra Mundial. Foi construído por Émile Salmson, cujos motores ficaram famosos em 1912. Veloz e bem armado, teve 3.200 exemplares construídos.
Em abril de 1918, o norte-americano W. P. Erwin, num encontro memorável, com a metralhadora dianteira.


França (1914) – Desenhado pelo famoso pioneiro francês e construído na fábrica que ele abrira em sociedade com o irmão Maurice, este avião participou de operações bélicas desde o primeiro dia da primeira grande guerra, como aparelho de reconhecimento. Utilizado por franceses, belgas, ingleses, russos e romenos, já estava superado quando entrou em serviço.
Começou a ser armado com metralhadora, confiada ao observador, somente na segunda metade de 1915. Foi gradativamente substituído pelo HF-40, aerodinamicamente superior e mais veloz. O HF.40 foi adotado por 50 esquadrilhas francesas até o ano de 1917. Depois, em seu lugar entrou o avião de reconhecimento AR.1.


França (1915) – Bombardeiro com hélices impulsora e estrutura de aço, permaneceu em linha de produção de 1914 a 1918, em suas diferentes versões, de 1 a 10, cada qual acionada por motor com potência necessária para permitir velocidade e carga de bombas cada vez maiores.
Foram construídos mais de 3.500 exemplares, muitos dos quais na Itália.
O primeiro duelo aéreo da Primeira Guerra Mundial, ocorrido no dia 5 de outubro de 1914, perto de Reims, teve como protagonista um Voisin I, que abateu um Aviatik.
Figurando entre os primeiros aparelhos utilizados para bombardeios noturnos, foi também o primeior a ser dotado de um pequeno canhão de 37 e 47 mm. Os exemplares deste tipo revelaram-se eficazes, principalmente nos ataques contra o solo.


França, 1915 – Depois de perdas sofridas por um grupo de G-IV, num bombardeio diurno contra a Romênia em novembro de 1915, essas aeronaves passaram a fazer apenas missões de reconhecimento. Além dos franceses, utilizaram-no os ingleses e italianos, predominantemente nos Alpes. O G-IV e o Caudron R-11 (1918) foram os únicos bimotores franceses da Primeira Guerra Mundial.


O exército Francês constitui suas primeiras unidades aéreas em 1910: no início da Primeira Guerra Mundial, já contava com 24 esquadrilhas, com 160 aparelhos, de 14 modelos diferentes, além de 15 dirigíveis.
O aparecimento de uma aeronave alemã nos céus de Paris e o desenvolvimento das operações militares convenceram o Ministério da Guerra a reforçar as exíguas forças aéreas. A jovem indústria aeronáutica francesa, que era a única então existente no mundo, realizou um grande feito e, em 1916, a França já contava com 1.500 aeronaves. No armistício já eram quase 3.000! A produção tinha passado de 341 aviões em 1914 para 50 vezes este valor em 1918. Nos quatro anos da guerra, as fábricas francesas produziram 50.040 aeronaves, e 92.594 motores, suprindo as necessidades da França e seus aliados.
A frança realizou seu primeiro bombardeio aéreo da guerra no dia 14 de Agosto de 1914 (dois Voisin contra a base dos Zeppelins, em Metz-Frascaty); foi a primeira força aérea a registrar o abate de um avião inimigo (um Aviatik) no dia 5 de outubro de 1914; foi a primeira a construir esquadrilhas formadas exclusivamente de bombardeiros e de caças em 1915; foi a primeira a constituir o Ministério de Aviação (Sous-Secrétariat de l´´Etat de l’Aéreonautique) em 1915. Produziu aeroplanos, sobretudo caças de grande qualidade, como os Nieuport e os Spaad; e pôde se gloriar de pilotos valorosos e corajosos, entre os quais se distinguiram 158 ases. Ás dos ases foi o Cap. René Fonck, com 75 vitórias, seguido por Cap. Guynemer(54), Ten. Charles Nungesser (45), Ten. Georges Madon (41), Ten. Maurice Boyau(35), Ten. Michel Coiffard (34). Fonck e muitos outros ases franceses pertenceram ao Grupo de Caça 12, que que compreendia as famosas esquadrilhas da Cegonha. Um dos primeiros ases franceses que perdeu a vida, no dia 17 de junho de 1916, foi Jean Navarre, chamado “a sentinela de Verdun”, até àquele momento, já havia conseguido 12 vitórias.


França, 1917 – Avião de reconhecimento que deu boas provas nos últimos meses da Primeira Guerra Mundial, em 18 esquadrilhas de observação nas frentes francesas e italianas. Desenhado pelo Coronel Dorand ( cujo DO-1 já se encontrava em linha em 1914), recebeu sigla AR, da Section Technique de 1′Aéronautique, laboratório do exército francês, que o construía.


Grã-Bretanha (1917) – Desenhado por Geoffrey De Havilland, é considerado o melhor bombardeiro monomotor da Primeira Guerra Mundial; foram construídos 6.295 exemplares, dos quais 4.846 nos Estados Unidos. Com o nome de Liberty Plane serviu em 13 esquadrões do Corpo Expedicionário norte-americano. Entrou em serviço em março de 1917.


Grã-Bretanha (1916) – Foram contruídas cerca de 600 unidades da aeronave e foi substancialmente uma evolução do B.E.2; destinou-se, como aparelho de caça, a fazer frente aos Fokker. Constituiu um completo fracasso. Entrou em serviço em 21 de agosto de 1916.
Alguns B.E. 12 foram utilizados como bombardeiros no Oriente Médio.


Grã-Bretanha (1915) – Derivado do Baby Biplane desenhado em 1913 por Frank Barnwell; nos tipos C e D entrou em serviço em quase todos os esquadrões ingleses em dois ou três exemplares, como escolta veloz. Em março de 1916, foi o primeiro avião inglês a ter uma metralhadora sincronizada.


Grã-Bretanha (1914) – Foram colocado 8.340 unidades em serviço de 1914 a 1933. O primeiro avião inglês abatido pelo inimigo foi um 504-A. O primeiro bombardeio contra a base dos Zeppelin, em Friedrichshafen, foi efetuado por três 504-A. Estavam em uso 2.267 unidades do 507-J nas escolas de pilotagem em novembro de 1918. Milhares de pilotos, inclusive aquele que depois foi o Rei Jorge VI, da Inglaterra, ganharam seu diploma de pilotagem nos lendários 504.



França (1917) – Bombardeiro no qual, pela primeira vez, se fez amplo uso de duralumínio; fez parte de 55 esquadrilhas de bombardeio francesas, no último ano da Primeira Guerra Mundial. Construíram-se 5.500 exemplares, em 1918, e 8.000, no total, até 1926.


França (1916) – Maior do que o Bébé, do qual foi o sucessor direto; dotado de metralhadoras Vickers, deu provas do seu valor até a entrada em campo do Spad VII; bateu-se bem contra os Fokker E, contra os Halberstadt D.II, e até contra os Albatros D.I, de modo particular no curso das duras batalhas do Somme e do Isonzo.


França (1917) – Avião de caça, veloz e manobrável. Apontado depois do Spad VII, foi pouco apreciado pelos franceses, mas adotado pelos belgas e pelos italianos. Na itália, a Nieuport-Macchi construiu 831 exemplares deste avião, destinaods a substituir os Nieuport. Com um HD-1, o ás belga Willy Coppens obteve a maior parte das suas 37 vitórias.

França (1916) – Este foi o melhor caça francês da Primeira Guerra Mundial. Entrou em linha de produção em 1916 com as Esquadrilhas das Cegonhas; o seu modelo VII foi sucessivamente adotado por todas as esquadrilhas de caça francesas e norte-americanas, por 11 italianas e 1 belga. Em 1917, foi substituído pelo modelo XIII, mais veloz. Foi o avião preferido dos ases Fonck, Guynemer, Baracca, Rickenbacker.


Grã-Bretanha (1917) – Caça de dois lugares, de F. Barnweel, o mesmo projetista do Scout; entrou em ação no dia 8 de março de 1917 e, depois de um começo infeliz, revelou-se excelente. De 20 de janeiro de 1917 a janeiro de 1918, os canadenses A. E. Mc Keever e L.F. Powell, com os seus F.2-B, abateram 30 adversários. Muito temido pelos alemães, teve 4.470 exemplares construídos e permaneceu em serviço até 1972.


Grã-Bretanha (1914) – O primeira avião projetado para ser armado com metralhadora foi o Destroyer, apresentado pela Vickers no Aero Show de Londres de 1913. Rebatizado com a sigla F.B. (Flightining Biplane – caça biplano), foi construído em série desde 1914; em fevereiro de 1915 equipou o primeiro esquadrão de caças do mundo: 0 11º do Royal Flying Corps. O F.B.5 ou Gun-Bus permaneceu em combate até o verão de 1916.


Grã-Bretanha (1917) – Derivado do Pup e do Triplane, foi um dos melhores aviões de caça da Primeira Guerra Mundial, foi também o que registrou maior número de vitórias (1.294), inclusive entre estas vitórias inclui-se a obtida contra o Fokker Dr.I, de von Richthofen. Esteve em combate de julho de 1917 até o armistício. Distinguiu-se particularmente nas batalhas de Ypres e Cambrai.


Grã-Bretanha (1911) – Projetado em 1911 por G. de Havilland e F.M Green para o Royal Aircraft Factory, foi o primeiro avião inglês que chegou à França, com o 2º e o 4º esquadrões, ao eclodir a guerra. Desarmado nas versões a e b, foi amplamente empregado como avião de reconhecimento e como bombardeiro leve, até maio de 1917.


Grã-Bretanha (1917) – Caça que entrou em serviço em fevereiro de 1917; logo se impôs por sua eficiência, a ponto de induzir 14 fábricas alemãs a estudar o avião triplano. O às canadense Raymond Collishaw, pilotando um Triplane, abateu 16 aviões, e o seu esquadrão, que era o 10º naval, contou mais de 61 vitórias.


Grã-Bretanha (1915) – Caça de dois lugares, encomendado em 1914 e posto em linha desde junho de 1915. Dele se construíram 2.190 unidades. Distinguiu-se como um dos aviões ingleses mais eficazes. Foram os F.E.2b que abateram os ases Max Immelman, “a águia de Lille”, e Karl Schaefer. A partir de 1917 passou a ser empregado como bombardeiro.


Grã-Bretanha (1916) – Avião de reconhecimento standart dos ingleses na segunda metade da Primeira Guerra Mundial. Construíram-se 4.077 exemplares; serviu na França, Itália, Palestina e, em outubro de 1918, equipou 18 esquadrões. Robusto e bastante veloz, um R.E.8 fez 147 sortidas e colecionou 441 horas de vôo, antes de ser retirado de serviço.


Grã-Bretanha (1917) – Avião de caça que permaneceu em linha somente oito meses, de maio de 1917 a janeiro de 1918. Projeto de De Havilland, não teve sucesso.
Distinguia-se pela sua asa superior, que permitia maior visibilidade ao piloto. Os D.H.5 do 64º e do 68º Esquadrões foram empregados em operações de ataque ao solo, em Cambrai.


Grã-Bretanha (1916) – Primeiro desenho de G. de Havilland para a Airco. Foi o primeiro avião inglês capaz de opor-se aos Fokker E; em janeiro de 1916 foi destinado ao 24º Esquadrão, que foi o primeiro esquadrão dotado de aviões de caça monopostos. O ás L. G. Hawker, comandante do 24º, pilotava um D.H.2, quando foi abatido por von Richthofen, o famoso Barão Vermelho.


Em agosto de 1914, o Royal Flying Corps tinha um pouco mais de 60 aeronaves; e o Royal Naval Air Service, da Marinha, possuía apenas uma centena, além de 7 dirigíveis; desta força, extremamente reduzida, 73 aparelhos, entre os quais prevaleciam os B.E.2c e os Avro 504, divididos em quatro esquadrões, foram enviados para a frente francesa.
Enquanto se recorria à indústria francesa, para satisfazer as primeiras e urgentes necessidades, nascia e se desenvolvia rapidamente uma indústria aeronáutica nacional na Inglaterra; dava-se isto também graças à disponibilidade de projetistas como Geoffrey de Havilland (Airco D.H.2, B.E.2c, Airco D.H.4 r D.H.5), como Frank Barnwell (Bristol Scout e F.2b), Frank Barnwell (Bristol Scout e F.2b), como Hebert Smith (Sopwith Triplane e Camel); estes projetistas deram à Inglaterra aeronaves de caça de grande qualidade.
Submetida a bombardeios alemães, sobretudo contra Londres, a Inglaterra compartilhou com a Rússia e a Itália a avaliação da importância do bombardeio estratégico e produziu bombardeiros pesados, extremamente avançados, como o Handley Page 0/400 e o V/1500. De 1914 a 1918, as fábricas inglesas produziram mais de 40.000 aviões, com o ritmo máximo de 3.500 aeroplanos por mês. Entre essas fábricas figuram a Avro, Armstrong-Whitworth, Bristol, Handley Page, Short, Sopwith, Vickers e a Royal Aircraft Factory. Em 1916, foi criado o Air Ministry e, no dia 1º de abril de 1917, nasceu a Royal Air Force (RAF), que unificou numa unidade independente as forças aéreas do Royal Flying Corps.
Por ocasião do armistício, a RAF contava com 1.799 aeronaves; durante o conflito, essa força aérea combateu nos céus da Inglaterra, nas suas frentes ocidentais e nas frentes italianas, macedônias, do Egeu e do Oriente Médio; orgulhava-se de possuir 532 ases (com pelo menos 5 vitórias cada um); figuravam em primeiro lugar, entre eles: o Maj. Edward Mannock (73), os ten.-cor. Billy Bishop (72) e Raymond Collinshaw (60), sendo estes dois últimos canadenses, o Maj. James McCudden (57) e outros pilotos com mais de 40 vitórias. Por mais inacreditável que pareça, Mannock era cego de um olho.

CURTISS SB2C-4 HELLDIVER
CURTISS SB2C-4 HELLDIVER (1943). Bombardeiro de mergulho embarcado em porta-aviões; foi unir-se aos Dauntless em plena guerra, na área do Pacífico; desde o dia do seu batismo de fogo (11 de novembro de 1943, em Rabaul) até 1945, participou, com sucesso, de todas as mais importantes batalhas aeronavais. Muitos dos 7.200 Helldiver fabricados permaneceram em serviço até 1950.

BREWSTER F2A-3 BUFFALO
BREWSTER F2A-3 BUFFALO (1938). Primeiro avião de caça monoplano de porta-aviões da V.S. Navy, esteve em serviço desde 1939 e se revelou um insucesso. Dele se produziram menos de 500 exemplares; destes, mais de 300 foram cedidos à Finlândia, à RAF, à Marinha Inglesa e à aviação das índias Holandesas. Alguns Buffalo participaram da batalha das Ilhas Midway, com resultados desastrosos.

GRUMMAN F6F-3 HELLCAT
GRUMMAN F6F-3 HELLCAT (1942). Sucessor direto do Wildcat, sendo maior em tamanho, mais pesado e mais poderoso que ele, entrou em produção nos úlitmos meses de 1942 e continuou sendo produzido até novembro de 1945; foi entregue à aviação da Marinha Norte-americana e da Marinha Inglesa num total de 12.275 unidades. Empregado pela Fleet Air Arm inglesa desde julho de 1943, teve o seu batismo de fogo com as cores dos Estados Unidos no dia 31 de agosto de 1943, partindo de bordo do porta-aviões York-Town, na batalha da Ilha Marcus. Em junho de 1944, no decorrer da batalha do Mar das Filipinas, os Helleat confirmaram os seus grandes dotes; até ao fim do conflito, os F6F dos porta-aviões norte-americanos abateram 4.947 aviões japoneses. Esteve em serviço também depois de 1945; alguns Hellcat, do porta-aviões Boxer, tomaram parte nas operações bélicas da Coréia.

GRUMMAN F4F-4 WILDCAT
GRUMMAN F4F-4 WILDCAT (1940). Primeiro monoplano da Grumman; em 7 de dezembro de 1941, era o caça naval padrão embarcado em navios porta-aviões, e sustentou o maior peso da guerra aérea no Pacífico até 1943. Dele se produziram cerca de 8.000 unidades; foi utilizado também pela Royal Navy inglesa, com o nome de Martlet. Embora inferior ao Zero japonês, o Wildcat registrou notável folha de serviços: 6,9 vitórias para cada F4F abatido.

MARTIN B-26G MARAUDER
MARTIN B-26G MARAUDER (1942). Bombardeiro médio; nos primeiros tempos da sua carreira, teve a fama de Widow maker (fazedor de viúvas), entre­ tanto, acabou por ser considerado um dos mais se­guros do seu tipo. Entrou em ação em abril de 1942 na frente do Pacífico, com ataques contra a Nova Guiné, participou da batalha de Midway e bombardeou navios japoneses nas Aleútes, partindo de bases do Alasca. Em novembro de 1942 começou a operar na África do Norte e, de 1943 até 1945, desenvolveu grande atividade nos céus da Europa. A produção foi de 5.157 exemplares do Marauder.


NORTH AMERICAN P-51D MUSTANG (1942). Um dos melhores aviões de caça da Segunda Guerra Mundial; foi projetado a pedido da RAF, em abril de 1940; o protótipo foi construído em tempo recorde de 117 dias e voou em outubro de 1940. De início, foi enco mendado somente pela Inglaterra, que recebeu as primeiras 670 unidades, do total dos 9.293 produzidos, e que os colocou em linha de fogo em julho de 1942. A partir dos fins de 1943, os Mustang da USAF povoaram os céus da Europa e do Pacífico, dando provas do seu valor por toda parte, até mesmo em operações de escolta sobre Berlim e sobre Tóquio. A primeira versão norte-americana, P-51, com motor Allison, foi substituída pelos B e D, com motores Rolls-Royce, construídos pela Packard. A versão H entrou em ação na Coréia; a F-6D, muito difundida, destinou-se ao reconhecimento fotográfico.

LOCKHEED P-38E LIGHTNING
LOCKHEED P-38E LIGHTNING (1941). Este foi o avião de caça que abateu mais aviões japoneses do que qualquer outro aparelho norte-americano; utilizado em todos os teatros da Segunda Guerra Mundial, foi batizado pelos alemães com o nome de Der Gabelschwanz (O diabo de cauda bifurcada). Esteve em produção desde 1940; dele se produziram, no total, 9.923 unidades até 1945; serviu também como reconhecedor (F-4 e F-5), como caça-bombardeiro (F e L Droop Snoot, este último dotado de radar para ações de lança­ mento de bombas mesmo com céu encoberto) e como caça noturno (M). Em abril de 1943, os P-38G do 339.° Esquadrão de Guadalcanal abateram o avião no qual viajava o Almirante Yamamoto. o ideador do assalto japonês contra Pearl Harbour.

CURTISS P-40N WARHAWK
REPUBLIC P-47 THUNDERBOLT (1943). Considerado um dos melhores aviões de caça e caça-bombardeio dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial; foi projetado depois da entrada dos Estados Uni­ dos no conflito. Entrou em ação em 8 de abril de 1943, nos céus da Europa, como escolta dos B-17 da 8ª Air Force e, logo depois, nos céus do Pacífico. Foi utilizado também pela RAF (590 exemplares) e pelas aviações da União Soviética e da França Livre. Nos Estados Unidos, continuou em serviço na Air National Guard até 1950.

CURTISS P-40N WARHAWK
CURTISS P-40N WARHAWK (1941). Embora sendo um caça de qualidades não muito boas, voou em todas as frentes da Segunda Guerra Mundial, particularmente na área do Pacífico. A produção (que totalizou 13.733 unidades) destinou-se, além da USAF, à França, à União Soviética e à Inglaterra; na Inglaterra, o avião foi batizado com o nome de Tomahawk, primeiro e, depois, de Kittyhawk. Com as séries F e sucessivas, o P-40 voltou ao seu nome norte-americano de Warhawk. Das séries, a N foi a mais importante: 5.200 exemplares. Este avião se tornou famoso desde a entrada dos Estados Unidos na guerra; operou na China, com um grupo ­ de pilotos norte-americanos voluntários, os Tigres Voadores, do General Clair Chennault, obtendo 286 vitórias e sofrendo apenas 26 derrotas.


BELL P-39Q AIRACOBRA (1941). Foi o primeiro avião de caça do mundo com trem de aterragem triciclo retrátil e motor situado atrás do piloto, para dar lugar ao pequeno canhão instalado no cubo da hélice. Voou pela primeira vez no dia 6 de abril de 1939. Encomendado por franceses e ingleses, antes dos norte-americanos, sustentou, depois de Pearl Harbour, com o P-40, o peso das operações na área do Pacífico e na Europa até aos fins de 1943. Dele se construíram 9.558 exemplares, dos quais mais de 5.000 foram cedidos à União Soviética. Distinguiu-se também como avião de ataque contra o solo, especializando-se na luta contra tanques.

DOUGLAS C-53 SKYTROOPER
DOUGLAS C-53 SKYTROOPER (1941). Em outubro de 1941 entrou em serviço na aviação norte-americana o C-53, mais conhecido pelo nome da sua versão civil: DC 3. Deste tipo produziram.se 10.123 unidades, em diferentes versões (entre as quais a C-47 Skytmin), as quais foram recebidas pelo U .S. Army e pela U .S. Navy, que cederam 1.200 exemplares à RAF. Dele a RAF fez uso intenso e precioso como transporte de tropa, de mate­riais, de pára-quedistas, etc. Eisenhower declarou que quatro coisas levaram os Estados Unidos à vitória: a bazuca, o jipe, a bomba atômica e o DC 3.

BOEING B-29 SUPERFORTRESS
BOEING B-29A SUPERFORTRESS (1943). Bombardeiro pesado de grande autonomia de vôo; foi o primeiro com cabina pressurizada, voou pela primeira vez em 21 de setembro de 1942. Decidiu-se não empregar este avião na Europa; assim, os B-29 foram enviados ao Pacífico, onde, em 15 de junho de 1944, começaram a bombardear o Japão, atingiram Tóquio no dia 24 de novembro. Em 6 de agosto de 1945, um B-29, batizado com o nome de Enola Gay, do 393.° Esquadrão, sob o comando do Coronel Paul Tibbetts, lançou a primeira bomba atômica sobre Hiroshima. Em 9 de agosto, outro B-29, denominado Bock’s Car, deixou cair uma segunda bomba atômica sobre Nagasaki, obrigando os japoneses a render-se. A produção das Superfortress foi de 3.970 exemplares.

BOEING B-17F Flying Fortress
BOEING B-17F Flying Fortress, a Fortaleza Voadora (1941). Bombardeiro projetado em 1934; efetuou o primeiro vôo em 28 de julho de 1935, mas as primeiras entregas ocorreram somente em março de 1940. O ataque japonês contra Pearl Harbour (7 de dezembro de 1941) e aos aeroportos das Filipinas (8 de dezembro) destruiu a maior parte dos B-17, então em serviço. As poucas Fortalezas Voadoras restantes efetuaram, no dia 10 de dezembro, a primeira operação ofensiva norte-americana no conflito, bombardeando navios japoneses. A produção foi acelerada, e os B-17 iniciaram os bombardeios diurnos na Europa no dia 12 de agosto de 1942; estes bombardeios não se interromperam mais até 1945. Ao todo, produziram-se 12.731 B-17 Flying Fortress.

CONSOLIDATED B-24J LIBERATOR
CONSOLIDATED B-24J LIBERATOR (1941). Um grande avião polivalente, usado como bombardeiro, reconhecedor marítimo e anti-submarino; foi produzido em quantidade maior do que qualquer outro avião norte-americano da Segunda Guerra Mundial: 18.188 unidades. Durante o conflito, os B-24 lançaram sobre objetivos de guerra 635.000 toneladas de explosivos e abateram 4.189 aviões inimigos. Além disto (fato não menos importante), transportaram sobre o Atlântico e o Pacífico milhares de homens, inaugurando por necessidade de guerra um serviço aéreo de ligação entre continentes. Projetado em 1939, entrou em serviço em 1941; com o seu amplo raio de ação autônoma demonstrou-se precioso em todas  as frentes, mas particularmente na frente do Pacífico. Além de operarem com o Exército e a Marinha dos Estados Unidos, os B-24 operaram também com a RAF e com outras aviações aliadas.

DOUGLAS A-26B INVADER
DOUGLAS A-26B INVADER (1944). Bombardeiro leve e de ataque ao solo; teria sido produzido em bem mais de 2.446 exemplares, se não houvesse chegado praticamente no fim da Segunda Guerra Mun­dial. Entrou em linha de fogo em 1944, na Europa; em 1945, esteve na área do Pacífico, revelando qualidades excelentes. Foi retirado do serviço em 1961, mas alguns Invader foram depois devolvidos ao serviço, sendo empregados no Vietnã.

LOCKHEED C-60A LODESTAR
LOCKHEED C-60A LODESTAR (1941). O Lockheed Model 18, civil , para 17 passageiros, interessou desde maio de 1940 à aviação militar, que dele encomendou três exemplares. Devido à eclosão da Segunda Guerra Mundial, a USAF requisitou os aparelhos particulares, disponíveis, para adequá-los aos usos militares, além disto, encomendou 325 Lodestar para transporte de pára-quedistas. Além do seu papel original, este avião, que figurou entre os mais velozes da sua categoria, desempenhou uma grande variedade de outras incumbências, desde a evacuação de feridos até ao transporte de viveres e munições de  abastecimento urgente. Alguns Lodestar também foram cedidos à RAF.

VOUGHT SB2U-3 VINDICATOR
VOUGHT SB2U-3 VINDICATOR (1937). Reconhecedor e bombardeiro embarcado em porta-aviões; encomendado pela U.S. Navy num total de apenas 169 exemplares, equipou em 1940 cinco esquadrões, a bordo dos porta-aviões Lexington, Saratoga, Ranger e Wasp. Na prova de fogo, revelou·se de valor muito limitado; depois de uma infeliz participação na batalha de Midway, foi retirado do serviço antes do fim de 1942.

DOUGLAS SBD-5 DAUNTLESS
DOUGLAS SBD-5 DAUNTLESS (1941). Bombardeiro e reconhecedor embarcado em porta-aviões; já estava superado na época da eclosão da Segunda Guerra Mundial, mas, por falta de um substituto digno de confiança, prestou serviços preciosos à U.S. Navy, que dele encomendou 5.936 unidades até julho de 1944. Na batalha de Midway, foram os SBD Dauntless que afundaram os porta-aviões japoneses Akagi, Kaga e Soryu, e danificaram o Hiryu!

DOUGLAS TBD-1 DEVASTATOR
DOUGLAS TBD-1 DEVASTATOR (1936). Bombardeiro aerotorpedeador, embarcado em porta-aviões, entrou em serviço em 1937; nos primeiros meses da Segunda Guerra Mundial, constituiu o equipamento de 4 esquadrões que se bateram valorosamente nas Marshall e nas Ilhas Gilbert. Nas Midway, todavia, o Esquadrão VT-8 foi inteiramente destruido pelos Zero. Dos TDB construíram-se 129 exemplares.

GRUMMAN TBF-I AVENGER
GRUMMAN TBF-I AVENGER (1942). Bombardeiro aerotorpedeiro de porta-aviões; deu provas de excelência e permaneceu em serviço até 1954; contudo, teve um batismo de fogo desanimador quando, em 4 de junho de 1942, em Midway, 5 aviões, em cada grupo de 6, não regressaram ao Hornet, que era a sua base. Dos 9.836 Avenger produzidos ao todo, mais de 1.000 foram cedidos à Royal Navy.

BELL P-63A KINGCOBRA
BELL P-63A KINGCOBRA (1943). Dos 3.303 exemplares deste avião de caça “tipo”, produzidos ao todo até 1945, mais de 2.000 foram cedidos à União Soviética, e cerca de 300 à aviação da França Livre. O P-63, derivado do P-39, voou pela primeira vez em 7 de dezembro de 1942, e não foi considerado suficientemente válido pela USAF, que dele se serviu somente como avião-alvo.

CONSOLIDATED PB2Y-3R CORONADO
CONSOLIDATED PB2Y-3R CORONADO (1940). Reconhecedor maritimo e transportador de ampla autonomia; voou pela primeira vez em 7 de dezembro de 1937 e entrou em serviço em 1941. Dos 216 Coronado construidos no total, em diferentes versões, 10 foram cedidos à Royal Navy, que os utilizou para o transporte de artigos de primeira necessidade bélica por sobre o Atlântico. Os Coronado da U.S. Navy tiveram, ao contrário, uma carreira sem glória, que se concluiu antes de 1945.


MARTIN PBM-3D MARINER (1941). Reconhecedor marítimo e transportador; esteve em produção desde 1940 até 1947, sendo fabricados cerca de 1.000 exemplares, em diferentes versões. Os Mariner foram usados pela Guarda Costeira norte-americana.

LOCKHEED PV-2 HARPOON
LOCKHEED PV-2 HARPOON (1944). Reconhecedor marítimo, construido com base no desenho do PV-1 Ventum. Os 535 Harpoon demonstraram ser possuidores de grandes qualidades, permanecendo em serviço por mui­tos anos ainda, depois de 1945.

STINSON L-5 SENTINEL
STINSON L-5 SENTINEL (1941). Versão militar do Stinson 105 Voyager civil; revelou-se um excelente avião de ligação e dele se produziram mais de 3.000 exemplares. Além de servir na Segun­da Guerra Mundial, o Sentinel esteve empenhado também na Guerra da Coréia.

NORTH AMERICAN B-25J MITCHELL
NORTH AMERICAN B-25J MITCHELL (1941). Um dos melhores bombardeiros leves da Segunda Guerra Mundial, tinha o nome daquele general norte-americano Billy Mitchell que, com tanta clarivi­dência, desde o longínquo ano de 1920, exortara os Estados Unidos a formar a sua aviação militar, tornando-a mais forte e mais pronta para enfrentar ou para realizar ataques imprevístos. No dia da agressão aérea contra Pearl Harbour, somente 40 B-25 estavam em serviço; mas, antes do fim do conflito, outros 11.000 operaram em todas as frentes e com quase todas as aviações aliadas; realizou proezas extraordinárias. Uma entre as muitas destas foi o bombardeio de Tóquio, levado a efeito no dia 18 de abril de 1942, por 16 B-25 Mitehell, que decolaram de bordo do porta-aviões Hornet, às ordens do lendário ex-piloto esportivo Jimmy Doolittle. Depois desta missão, os aviões aterraram na China.

VULTEE A-35 VENGEANCE
VULTEE A-35 VENGEANCE (1942). Projetado em 1940, a pedido da RAF, que tinha absoluta necessidade de um bombardeiro de mergulho, voou pela primeira vez em julho de 1941; permaneceu em produção até maio de 1944. (Dele se produziram 1.900 exemplares, 1.200 dos quais foram cedidos à Inglaterra). O Vengeance, empregado pela RAF, predominantemente na Birmânia, nunca foi considerado um avião plenamente bem sucedido, embora tenha sido utilizado até 1945.

PIPER L-4 GRASSHOPPER
PIPER L-4 GRASSHOPPER (1941). Observador de artilharia e avião de ligação; foi utilizado em mais de 5.500 exemplares em todas as frentes. O seu batismo de fogo ocorreu em 1943, por ocasião do desembarque anglo­ norte-americano na África do Norte.

CONSOLIDATED PBY-5 CATALINA
CONSOLIDATED PBY-5 CATALINA (1936). Hidroavião que foi produzido em maior número de exemplares do que qualquer outro. Dele se fabricaram 3.290 unidades nos Estados Unidos e no Canadá, além de algumas centenas de outras unidades fabricadas, sob licença, na União Soviética. Foi também o mais popular da Segunda Guerra Mundial. Esteve presente em todos os mares, como reconhecedor, bombardeiro, caça anti-súbmarino, transporte e socorro marítimo. O Cat, como era familiar e afetuosamente denominado, foi fabricado também em versão anfíbia. Os Catalina também prestaram inestimáveis serviços na região brasileira da Amazônia.

CURTISS C-46 COMMANDO
CURTISS C-46 COMMANDO (1943). Nascido como avião civil para 36 passageiros em março de 1940, este aparelho foi logo adotado pela USAF que, durante o conflito, encomendou mais de 2.900 exemplares. Como o mais famoso C-53, o C-46 foi utilizado em todas as frentes da Segunda Guerra Mundial, mas particularmente na frente do Extremo Oriente, como transporte de pára-quedistas, de tropas e de materiais. Os C46 efetuaram a famosa ponte aérea sobre o Himalaia, para abastecer a China, através da índia, depois da queda da Birmânia em mãos japonesas.



POLIKARPOV I-15 (1933). Ainda mais superado do que o seu “irmão” mais jovem (o I-16), também este avião de caça, que tinha tido momentos de notoriedade em 1935 (batendo o recorde mundial de altura, com 14.575 m) e, posteriormente, na Guerra Civil Espanhola e no conflito soviético-finlandês, se encontrou em condições de muito evidente inferioridade no momento da invasão nazista da União SovÍética. Os poucos I-15 que se encontravam em serviço tentaram igualmente enfrentar a aviação de caça alemã, pagando duramente a sua temeridade. Depois de menos de um mês do início das hostilidades, já não havia sequer um I-15 em condições de voar.

ILYUSHIN IL-2 SHTURMOVIK (1941). Considerado por muitos como sendo o melhor avião antitanque e de ataque contra o solo de toda a Segunda Guerra Mundial, entrou em serviço no verão de 1941 na sua primeira versão monoposto. Deu logo provas de qualidades excepcionais, ocasionando devastações de carros armados, de comboios e de trens; contudo, não possuía boa proteção posterior. Em 1942, portanto, entrou em combate a versão de dois lugares, com metralhadora na cauda. Em dezembro de 1941, Stalin disse, referindo-se ao IL-2: “É essencial para oExército Vermelho tanta. como o oxigênio e o pão … ”


YAKOVLEV Yak (1940). O protótipo de caça I-26, depois denominado Yak-1, voou em 1940, e proporcionou ao seu projetista, Alexander S. Yakovlev, a Ordem de Stalin. Depois de poucos exemplares do Yak-1 seguiram-se alguns milhares de Yak-7; estes, em fins de 1941, já equipavam numerosos esquadrões de caça. Em outubro de 1942, nos céus de Stalingrado, fez o seu aparecimento o Yak-9, desenvolvimento do modelo anterior; este foi, durante anos, o caça “tipo” da aviação soviética. O Yak-9T foi o modelo antitanque, dotado de canhão; o Yak-9P foi a última versão, muito pouco empregada na Segunda Guerra Mundial, foi o equipamento básico da aviação norte-coreana no conflito com a Coréia do Sul. Ao todo, do Yak se produziram mais de 30.000 exemplares. Em 1944, uma esquadrilha de Yak-9, com pilotos soviéticos, foi transferida para a Itália do Sul imediatamente após a sua libertação dos alemães.


POLIKARPOV I-16 TIPO 24 (1934). Caça e caça-bombardeiro projetado por Nikolai N. Polikarpov; efetuou o seu primeiro vôo em 31 de dezembro de 1933 e, no começo das hostilidades entre a Alemanha e a União Soviética, já era considerado superado. Fora o primeiro caça monoplano de asa baixa com trem de aterragem retrátil a entrar em serviço numa aviação militar, mas os aperfeiçoamentos introduzidos nos tipos sucessivos não bastaram para evitar que se tornasse “velho”. Teve dias de glória, na Guerra Civil Espanhola, onde era denominado “Rata”, e no conflito soviético-finlandês; no decorrer da invasão alemã da União Soviética bateu-se muito bem; foi utilizado como avião de ataque contra o solo, à espera de substituições mais modernas, até 1943.


LAVOCHKIN La (1941). Semyon A. Lavochkin, com a colaboração dos engenheiros Gorbunov e Gudkov, desenhou em 1938 um avião de caça, denominado I-22; nas versões sucessivas, foi um dos melhores aviões soviéticos da Segunda Guerra Mundial. Entrou em produção como LaGG-1; depois de poucos exemplares, foi transformado em LaGG-3. Não obstante ser inteiramente de madeira e de tela, confirmou suas qualidades de extrema robustez. Em meados de 1942, nos céus de batalha de Stalingrado, apareceu o La-5, devido ao qual foi outorgado a Lavochkin o título de “herói do trabalho soviético”. Do La-5 e das suas versões melhoradas – La-5FN, La-7 e La-9 – foram, com toda certeza, produzidos mais de 15.000 exemplares. Além de servir para caça, o La foi amplamente empregado como caça-bombardeiro e como avião de ataque contra o solo.

SUKHOI Su-2
SUKHOI Su-2 (1940). Bombardeiro leve desenhado em 1937 por Pavel Sukhoi. Em serviço em boa quantidade de exemplares, no momento do ataque alemão, tornou-se fácil presa dos caças germânicos; tanto é assim que, em 1942, foi retirado da primeira linha.


MIKOYAN-GUREVICH MiG (1940). O caça MiG-i, que voou pela primeira vez em março de 1940, foi fruto da colaboração de dois grandes projetistas aeronáuticos – Artem I. Mikoyan e Mikhail I. Gurevich – que desenharam e produziram o protótipo em menos de três meses. Dos MiG-i foram construidos mais ou menos 2.100 exemplares até 1941, quando entrou em produção o MiG-3, melhorado, que valeu aos seus criadores a outorga do Prêmio Stalin, e que entrou em linha de fogo em muitos mlihares de exemplares. Não obstante tudo, porém, também o MiG-3 não se revelou à altura dos adversários alemães e das normais funções de um caça, assim, passou para as funções de reconhecimento. Em 1943 apareceu em poucos exemplares o MiG-5, desenvolvimento do tipo precedente, mas com um novo motor: todavia, a sua produção foi interrompida quase que imediatamente, para dar lugar aos aviões mais bem dotados Lavochkin La-5.


No dia 22 de fevereiro de 1935, o chefe do Estado-Maior da Aviação da União Soviética, Gen. Chrispin, declarou que a União Soviética estava resolvida a criar a maior frota aérea do mundo.
Durante a guerra civil espanhola, alguns aviões russos fizeram o seu aparecimento, do lado republicano, como que para confirmar que os programas apresentados se encontravam em vias de execução.
Embora não podendo conhecer coisa alguma sobre a consistência da força aérea soviética, que era segredo militar zelosamente guardado, é certo que, no verão de 1941, quando a Alemanha invadiu a União Soviética, ninguém podia pensar que 3.500 aviões da Luftwaffe bastariam para levar a palma, em poucos dias, contra a resistência adversária nos céus. Assim, foi necessário à Grã-Bretanha primeiro, e aos Estados Unidos depois, reabastecer de máquinas voadoras o exército do ar soviético com cerca de 25.000 aparelhos, sendo 10.000 de caça, enquanto que a produção soviética própria ia sendo posta em passo acelerado, com o preparo de 8.000 aeroplanos em 1942, 18.000 em 1943, 30.000 em 1944 e 25.000 em 1945.
Com o progressivo reforço das unidades soviéticas, então dotadas também de excelentes aparelhos de caça, e com o enfraquecimento da Luftwaffe cuja presença era solicitada em outras frentes, a aviação soviética conseguiu reconquistar o domínio dos céus, a contar de novembro de 1942, na batalha de Stalingrado.
O piloto de caça soviético com maior número de vitórias foi o Cel. Ivan N. Kozhedub, com 62 vitórias, seguido por Alexander Pokry­ chkine, com 59, e pelo Capo Goulyev, com 53. Na aviação soviética prestaram serviço, como pilotos, mais de 5.000 mulheres (algumas das quais se tornaram ases de caça, como a Ten. Lilya Litvak, que obteve 7 vitórias, e a Ten. Katya Budanova, com 6).
A falta de eficientes aviões de transporte impediu que a União Soviética fizesse maior uso das suas tropas pára-quedistas e aerotransportadas, de igual maneira, a quase que total ausência de bombardeiros pesados constituiu, no começo do conflito, um fator de inferioridade que foi pago muito caro pelo Exército Vermelho.

LOCKHEED A-29 HUDSON
LOCKHEED A-29 HUDSON (1939). Reconhecedor e bombardeiro marítimo, nasceu do desenvolvimento militar do Model 14. Mais de 2.000 Hudson serviram nos esquadrões do Coastal Command inglês e um destes aviões registrou a primeira vitória da Segunda Guerra Mundial contra um avião alemão. Pelo menos outros 650 foram utilizados pelo Exército e pela Marinha dos Estados Unidos. O primeiro submarino alemão afundado pelos norte-americanos foi presa de um Hudson. Sua produção foi interrompida em 1943.


MARTIN A-30 IV BALTIMORE (1941). Bombardeiro médio; nunca entrou em serviço no USAAC. A RAF, que dele havia pedido o projeto em 1940, retirou a inteira produção de 1.575 exemplares construídos até 1944. Os A-30 foram utilizados na área do Mediter­ râneo. Depois do armistício de 8 de setembro de 1943, um grupo da aviação italiana foi equipado com Baltimore, e operou ao lado dos Aliados até 1945.



TUPOLEV ANT-6 (1930). Um dos aviões de tipo mais antigo, dentre os que ainda se encontravam em serviço na Aviação Soviética ao tempo da invasão alemã. Apareceu pela primeira vez em 1930 como bombardeiro pesado; permaneceu em produção até 1936. Durante o conflito, foi utilizado para o transporte de pára-quedistas e de materiais. Os óltimos exemplares de ANT-6, remanescentes das peripécias dos primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, foram definitivamente retirados do serviço somente lá pelos fins de 1944.


PETLYAKOV Pe-8 (1940). Único bombardeiro pesado estratégico soviético da Segunda Guerra Mundial; foi produzido de 1940 a 1944 em modesta quantidade de exemplares. As origens deste aparelho remontam ao ANT-42, desenhado por Tupolev em 1936. O Pe-8 foi utilizado ocasionalmente em ações de bombardeio contra a Alemanha, algumas de tais ações foram contra Berlim. Diversos exemplares de Pe-8 foram utilizados como aviões de transporte de passageiros: em 1942, um destes foi usado por Molotov para ir à Inglaterra, e um outro chegou a Washington, partindo de Moscou, via Escócia. Islândia e Canadá, num vôo transoceânico notável para um aparelho do seu tipo.


BERIEV MBR-2bis (1932). Conhecido também pela sigla Be-2, reconhecedor marítimo, projeta­ do em 1931 por Georgi M. Beriev, esteve em produção até 1941. Mais de 1.500 hidros, da primeira versão e da versão bis, com motor novo e mais potente, se tornaram muito úteís durante a Segunda Guerra Mundial, servindo como reconhecedor, escolta e transportador.


TUPOLEV Tu-2 (1943). Bombardeiro tático; entrou em linha de fogo somente em 1943, mas não em grande número, porque fora dada precedência ao Pe-2. Sendo um avião excelente, todavia, permaneceu em produção até 1948; serviu, durante anos, na aviação soviética, chinesa e polonesa. Alguns Tu-2, além disto, foram utilizados durante a Guerra da Coréia.


TUPOLEV SB-2 (1936). Bombardeiro médio (conhecido também pela sigla de ANT-40). Foi desenhado em 1933; teve o seu batismo de fogo na Guerra Civil Espanhola e, pilotado por chineses, participou da Guerra sino-japonesa. No momento da invasão alemã já era obsoleto, mais foi utilizado com proveito até 1943, em operações de bombardeio noturno.


ILYUSHIN IL-4 (1940). O desenho-base deste bombardeiro data de 1936 (DB-3); em 1938, sofreu profundas modificações e daí nasceu o DB-3F, que assumiu sucessivamente a nova sigla de IL-4. Este foi o bombardeiro “tipo” da aviação soviética durante toda a Segunda. Guerra Mundial, foi utilizado também pela Marinha, às vezes até como aerotorpedeiro. Foram os IL-4 da Marinha os aviões que, na noite de 8 de agosto de 1941, levaram a cabo um bombardeio contra Berlim, bombardeio este que teve grande importância, se não no plano militar, pelo menos no plano propagandista. O IL-4 permaneceu em produção de 1939 a 1944; não se conhecem dados exatos, mas é certo que mais de 5.000 exemplares chegaram aos esquadrões de bombardeio a partir do início da invasão alemã do território soviético.


PETLYAKOV Pe-2 (1941). Projetado por V. M. Petlyakov em 1938 como caça bimotor de grande altura, transformou-se em bombardeiro leve, em avião de ataque contra o solo, em reconhecedor e em caça noturno: em conclusão, foi um dos mais versáteis aviões soviéticos da Segunda Guerra Mundial. Esteve em linha de fogo desde 1941, nas versões sucessivas. foi dotado de motores cada vez mais poderosos. O Pe-2, com o IL-2, constituiu a ponta de diamante do Comando de Bombardeio Tático da Aviação Soviética.




JUNKERS JU 87B STUKA (1938). Bombardeiro em mergulho “tipo” da aviação alemã, em 1939; teve os seus dias de glória nos primeiros meses do conflito, operando muito eficazmente nas campanhas da Polônia, da França e dos Países Baixos. Revelou as suas limitações (lentidão e vulnerabilidade) na Batalha da Inglaterra, contra uma defesa composta de caças velozes e modernos; ali, perderam-se 41 destes aviões nos primeiros seis dias de emprego. Ainda assim, o Ju 87B foi utilizado na Líbia, no Mediterrâneo (onde danificou o navio porta-aviões Illustrious e afundou o cruzador Southampton), nos Balcãs, em Creta e, por fim, na União Soviética. Esteve em produção até 1944, com mais de 5.700 exemplares.


MESSERSCHMITT Bf 109E (1938). Projetado por Willi Messerschmitt, em 1935, o Bf 109, que depois foi o avião produzido em maior número de exemplares (mais de 35.000!) no decorrer da Segunda Guerra Mundial, teve o seu batismo de fogo na Espanha, nas versões B e C. Em 11 de novembro de 1937, um Bf 109 batera o recorde mundial de velocidade, voando a 610,55 km/h. Considerado pelos alemães, em 1939, o melhor caça do mundo e em dotação estândar, na versão E, nos Jagdgeschwader, não teve rivais nos primeiros meses da guerra, na Tchecoslováquia, na Polônia e na França. Na Batalha da Inglaterra, todavia, encontrou um adversário perigoso, o Spitfire, e conheceu o seu primeiro revés: dos 1.792 aviões perdidos pela Luftwaffe (conta 1.112 da RAF), 610 deles eram Bf 109. Este avião foi transformado em caça de defesa na versão F; a partir de 1942, apareceu o modelo G, que permaneceu em combate até 1945. Entre as suas muitas versões, uma bem interessante foi a T, estudada para ser embarcada em navios porta-aviões, e que a Alemanha nunca conseguiu levar a cabo. Durante toda a Segunda Guerra Mundial, o Bf 109 operou sempre e por toda parte.


HEINKEL He 162A SALAMANDER (1945). O protótipo deste avião de caça a reação, conhecido também pela denominação de Volksjäger (caça do povo), foi projetado e realizado no tempo inacreditavelmente breve de apenas 69 dias! Os engenheiros da Heinkel começaram a estudar o projeto em 8 de setembro de 1944, e o avião realizou o seu primeiro vôo em 6 de dezembro, para entrar na produção em série no dia 1º de janeiro de 1945. Antes do fim do conflito, entretanto, só 116 He 162 saíram das linhas de montagem.


MESSERSCHMITT Me 262A STURMVOGEL (1944). Primeiro avião caça e caça-bombardeio com motor a reação, isto é, a jato, a entrar em combate na história da aviação mundial. Voou pela primeira vez em 8 de julho de 1942. Os Me 262, todavia, chegaram à frente de guerra dois anos mais tarde. Foi em julho de 1944 que um Mosquito se viu atacado por um caça a jato Me 262. Este avião, que, se houvesse sido empregado um ano antes, teria colocado os Aliados em sérios embaraços, não exerceu peso efetivo sobre o desenvolvimento das operações.


MESSERSCHMITT Me 163B KOMET (1944). Primeiro e único avião de caça de propulsão a jato da Segunda Guerra Mundial; antes da derrota, colecionou várias vitórias. Tinha autonomia de vôo de apenas 10 minutos, mas podia chegar a 10.000 metros de altura, em 2 minutos e 30 seg.! Tratava-se, pois, de um avião muito perigoso para os seus adversários. Dos quase 350 exemplares de Me 163B, recebidos pelas esquadrilhas, foram mais os que explodiram na aterragem do que os abatidos pelos caças e pelas armas dos bombardeiros adversários.


FOCKE-WULF Fw 190 D9 (1941). Considerado como sendo o melhor avião de caça alemão da Segunda Guerra Mundial; desenhado por Kurt Tank, voou pela primeira vez em 1º de julho de 1939, deixando logo perceber as suas qualidades excepcionais. A produção em série teve início em 1940, e foi continuada até o colapso da Alemanha; produziram-se 13.367 caças interceptadores em diferentes versões, mais 6.634 caças-bombardeiros entregues às unidades combatentes. Teve seu batismo de fogo em agosto de 1941, em céus da Inglaterra, com o JG 26, que era guiado pelo ás da caça Adolf Galland; logo demonstrou poder fazer face bravamente aos Spitfire das versões mais recentes. Em quatro anos de guerra, durante os quais constituiu o ponto de força da aviação de caça alemã, este avião se distinguiu em todas as frentes.


ARADO AR 240 (1942). Caça de grande autonomia, projetado em 1938; em conseqüência de uma série de defeitos de estrutura nunca foi produzido em larga escala. Alguns exemplares deste aparelho foram vistos na frente soviética e uns dois ou três na frente italiana. Também o AR­ 440, derivado do precedente, nunca foi encomendado em grande quantidade.


MESSERSCHMITT Me-410 A-1 HORNISSE (1943). Caça-bombardeiro que deveria substituir o Bf-110, foi, porém, considerado um fracasso, desde a primeira versão: a Me 210, de 1942. Esteve em serviço desde 1943; foi produzida, ao todo, uma série de 1.160 exemplares, não incluídos os 100, mais ou menos, que se construíram para a Donau de Budapest, Hungria.


MESSERSCHMITT Bf 110C (1939). Avião de caça de grande autonomia; esteve em produção de 1938 aos fins de 1944 (cerca de 6.100 unidades). Entrou em ação pela primeira vez em 1939, contra os P.Z.L.P-11 poloneses. Participou, com pouco sucesso, da Batalha da Inglaterra. Deu boas provas como caça noturno e como avião de ataque contra o solo.

Oficialmente, a nova Luftwaffe nasceu no dia 1º de março de 1935, mas, já no fim desse ano, contava com mais de 1.000 aviões de 1ª linha, porquanto a produção de aeronaves fora iniciada secretamente em 1933.
A guerra civil da Espanha proporcionou à Alemanha, que se alinhou com os nacionalistas, a oportunidade de pôr em prova, na Legião Côndor, homens e meios; os resultados revelaram-se excelentes, também em conseqüência da escassa resistência dos adversários. O reforço da Luftwaffe continuou; assim, no dia 1º de setembro de 1939, à época da invasão alemã da Polônia e da declaração de guerra da França e da Inglaterra, o seu potencial já era de 4.800 aviões, dos quais 1.750 eram bombardeiros médios e de mergulho, e 1.200 caças. A aviação alemã se revelou inderrotável na “guerra relâmpago”, nas campanhas da Polônia, da Noruega, da Dinamarca, da Holanda, da Bélgica e da França.
Os seus limites, entretanto, se fizeram evidentes na Batalha da Inglaterra: a falta de bombardeiros pesados, estratégicos, em condições de defender-se por si mesmos, foi fator decisivo entre as causas do seu insucesso; além disto, os aviões como o Stuka se revelaram desastrosamente vulneráveis. Seja como for, a Luftwaffe continuou combatendo, no Mediterrâneo, na África do Norte, nos Balcãs e na União Soviética, enquanto que a sua indústria despendia esforços desnorteadores para produzir 120.000 aviões: 8.300 em 1939; 10.800, em 1940; 15.600, em 1942; 25.550, em 1943; 39.800, em 1944; 8.000, até maio de 1945.
Os ases alemães contaram vitórias às centenas. O ás dos ases, alemão e do conflito todo, foi o Maj. Erich Hartmann, com 352 vitórias! Seguiram-se-lhe 103 pilotos com mais de 100 vitórias cada um; entre estes, figuraram Gerhard Barkhorn (301); Gün­ ther Rall (275); Otto Kittel (267); Walter Nowotny (258). Nos começos de 1944, começou o declínio da Luftwaffe; nem mesmo os mil aviões a jato, lançados à luta no último instante, bastaram para modificar o curso de uma guerra já então perdida.



ARADO Ar 234 B-2 BLITZ (1944). Primeiro bombardeiro com motor a jato do mundo; voou pela primeira vez em 1943, entrando em combate em fins de 1944. Poucos exemplares chegaram ao Grupo Il/KG 76; todavia, foram muito ativos contra a famosa ponte de Remagen, sobre o Río Reno, até o momento em que ficaram desprovidos de carburante.


DORNIER Do 217 E-2 (1940). Bombardeiro médio, derivado do Do 17; teve seu batismo de fogo no começo de 1942, em ações contra a Inglaterra e em ataques contra comboios no Mar do Norte. Dos 1.730 Do 217 produzidos, alguns apareceram em versão de caça noturno. Em 9 de setembro de 1943, um grupo de Do 217 golpeou os couraçados italianos Roma e Itália.


DORNIER Do 17E-I (1937). Alcunhado de “Lápis Voador”, devido à sua forma alongada; bombardeiro médio, experimentado na Guerra Civil Espanhola, estava em combate logo rio começo da Segunda Guerra Mundial, com 370 exemplares. Foi um dos primeiros aviões a entrar em ação na Polônia; participou, com duas esquadrilhas, da Batalha da Inglaterra.


HENSCHEL Hs 123A-1 (1935). Último biplano alemão, bombardeiro de mergulho; por ocasião da sua prova de fogo, na Guerra Civil Espanhola, já estava superado em 1939 e a sua produção foi interrompida em 1940. Não mais utilizado no seu papel principal, devido à presença do Ju 87, teve uma segunda juventude na frente soviética, operando como avião antitanque.


HEINKEL He 219A-5 UHU (1942). Projetado como interceptador, logo a seguir foi produzido como caça noturno, munido de radar. Numa de suas primeiras sortidas, em 11 de junho de 1943, um He 219, pilotado pelo ás Major Streib, abateu 5 bombardeiros da RAF. Não obstante as suas excelentes qualidades, foi deixado em segundo plano pela Luftwaffe.


HEINKEL He 177 (1942). Único bombardeiro pesado alemão; mereceu o nome macabro de Ataú­ de flamejante, devido à sua quase inexistência de qualidades. Depois de uma série de incidentes fatais com os protótipos, o avião entrou igualmente em produção, mesmo sem estarem solucionados os seus problemas. Cerca de 1.000 He 177 foram postos em serviço.


JUNKERS Ju 88A (1939). Nascido em 1936, como bombardeiro médio, o Ju 88 acabou revelando-se um dos aviões mais versáteis da Segunda Guerra Mundial; impôs-se também como bombardeiro em mergulho, como avião de ataque contra o solo, torpedeiro, de reconhecimento, caça de larga autonomia e caça no­ turno! De setembro de 1939 aos primeiros meses de 1945, saíram das linhas de montagem 10.774 destes bombardeiros, em umas vinte versões, além de 6.150 destes caças, tudo perfazendo um grande total de cerca de 16.000 unidades. Como bombardeiro, distinguiu-se na Batalha da Inglaterra, na África e nos ataques aos comboios do Mediterrâneo, do Mar do Norte e do Atlântico. Um desenvolvimento do Ju 88 foi o Ju 188, do ano de 1943, com cerca de 1.000 exemplares produzidos.


HEINKEL He 111-H (1936). Bombardeiro médio que, na versão B, esteve em serviço na Luftwaffe desde 1936; foi experimentado com sucesso durante a Guerra Civil Espanhola, integrando a Legião Condor. Na versão H, foi um dos principais participantes da Batalha da Inglaterra. O fato de se considerar que este avião poderia defender-se por si só, sem necessidade de escolta, como acontecera na Espanha e na Polônia, constituiu um erro capital que, talvez, tenha custado o sucesso da operação à Alemanha. Depois das pesadas perdas sofridas nesta oportunidade, o He 111 foi utilizado como bombardeiro noturno e, com algum êxito, como avião torpedeiro. Sua produção foi interrompida em 1944, depois de se fabricarem mais de 7.000 exemplares.